Exposição Zona Tórrida
Almandrade
Zona Tórrida convida o visitante a explorar as singularidades da
produção artística feita a partir do Nordeste, atentando para a força
da cor das obras e sua relação com as características ambientais e
culturais da região. A hipótese de que a luminosidade do Nordeste –
situado na zona tórrida do globo – é capaz de conduzir a grandes
estridências cromáticas, mobiliza o curador na seleção dos mais de
cinquenta trabalhos de autoria de artistas reconhecidos.
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Arte baiana na vanguarda de Recife
Um item que brilha em Recife até o mês de maio, como exemplo de
vanguarda nordestina, é o estilo neo-concretista e conceitual do
arquiteto baiano
Antonio Luiz Moraes Andrade, que assina suas peças instigantes como
Almandrade. Além de instigantes, é bom dizer que o estilo está
valorisadíssimo no mercado, afinal os mais antenados sabem que
galeristas e investidores do Brasil e dos Estados Unidos, participam
de estratégia para colocar o neo-concretismo brasileiro com a cotação
que merece em plano internacional.
O talento de Almandrade tem espaço em Recife na exposição “Zona
Tórrida” que teve vernissage sexta-feira no prestigiado “Santander
Cultural”, mantido pela holding financeira como uma das âncoras da
arte no Marco Zero, região de retrofit urbano da capital. Uma pintura
em tinta acrílica sobre tela, “Uma Tarde de Verão”, e uma escultura em
madeira pintada, sem título, estão na mostra.
Mais arte baiana super-prestigiada na mostra que tem curadoria dos
bambambãs Paulo Herkenhoff e Clarissa Diniz, é a pintura do artista
plástico argentino Hector Carybé. É o pintor que deu maior destaque
internacional a Salvador, cidade em que viveu a maior parte da vida,
até morrer em 1997. São dois quadros, “Beira Rio”, de 1939, e “Briga
de Cachorros”, de 1942. Também motivo baiano na tela “Lavadeiras do
Abaeté”, de 1956, do carioca José Pancetti. Participa também o baiano
Rubem Valentim com duas telas afro construtivas.
Tribuna da Bahia
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Período: até 20 de maio
Local: Santander Cultural Recife - Avenida Rio Branco, 23 – Bairro do
Recife – Fone: 3224-1110
Horário: terça-feira a domingo, das 13h às 20h.
Entrada Franca
ENTRE OS ARTISTAS DESTACAM-SE:
Almandrade
Antonio Bandeira
Antonio Dias
Carybé
Cícero Dias
Flavio-Shiró
Joaquim Rego Monteiro
José Cláudio
José Pancetti
Lula Cardoso Ayres
Montez Magno
Rubem Valentim
Vicente do Rego Monteiro
anexo: obra de Almandrade
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"Com singular convicção, a imaginação
afirma que o que ilumina vê. A luz vê."
Bachelard
Sem a luz como seria o mundo? Provavelmente uma câmera escura onde as
imagens se perderiam na obscuridadade do vazio. Os objetos ou
superfícies sevem de anteparo para refletir a luz e torná-la
perceptível. A arte ao longo da história, sempre esteve sob efeitos de
reflexos, de sombras, de cores, de claro/escuro etc, fenômenos
impossíveis sem a presença da luz.
O artista, quando se apropria da luz, ilumina também um estado de
sentimento e uma ideia, abre os olhos e desprende a imaginação. Talvez
tudo não passe de um sonho, de quem sonha acordado. A luz que revela a
beleza, que faz os objetos falarem através de suas cores, suas
texturas, suas características visuais, que faz com que o olhar não se
perca num poço escuro, num abismo sem fim.
Almandrade
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Publicado: 02.09.2006 Última atualização: 18.03.2012
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